Sangue meu rega terras onde os olhos já apagaram poeira
E aquece frios ventres um dia de toque cálido-tenro-protetor
Transfunde-se em artérias – fica
Fico eu
Fincam-se a ele
Sonhos mútuos em anagramas pelo vento...
Esguicha, bole com a razão
Mas despenca – santa gravidade
Alimento compartilhado
Escambo escarlate
Híbrido, pois
Ramificações propagam-se num ritmo hemorrágico
Como quentes afluentes esticados
Mas não elásticos
Rebentos de um músculo elástico
Mas nem tanto!
O perímetro aumenta
Leva-me em perspectiva
Novos rebentos, fragmentos meus
Mais sangue para não secar
O coração espreme ritmado
Rege o tom do silêncio
Pulso vivo...
Rubro sangue meu
Retorna para mim
Traz-me consigo
Postagem acompanhada de Inezita Barroso, no Viola Minha Viola